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De acordo com o Talmude, Abraão instituiu a prece matinal. Três vezes na história de Abraão nós lemos: Na manhã seguinte, Abraão se levantou – quando ele estava se perguntando o que havia acontecido com Ló (Gn 19:27), quando cumpria o mandamento de Deus para enviar Ismael embora (Gn 21:14), e quando ele ia sacrificar Isaque. Em cada uma dessas vezes ele ficou oprimido com angústia, dor e dúvidas – assim, ele orou e abriu seu coração diante de Deus.
Diz-se que Isaque instituiu a prece vespertina quando "Certa tarde, saiu ao campo para meditar" (Gn 24:63). A palavra proferida como "meditar", aqui, pode também significar a prece. Teria ele orado por sua noiva para ser consolado após a morte de Sara? Em caso afirmativo, sua prece foi atendida rapidamente, pois foi logo após essa prece que ele viu sua esposa "e a amou; assim Isaque foi consolado após a morte de sua mãe". Desse modo, diz-se que a prece vespertina, minchá (מנחה), originou-se com Isaque.
Finalmente, Jacó instituiu a prece noturna, pois diz: "Chegando a determinado lugar, parou para pernoitar porque o sol já se havia posto" (Gn 28:11). Um dos mais conhecidos encontros com Deus aconteceu ali, e é por isso que, desde então, o povo judeu tem buscado a Deus na prece noturna, maariv (מעריב). Para descobrir a profundidade da Bíblia, matricule-se no nosso curso de Hebraico Bíblico on-line e ao vivo; só então você verá a origem das tradições praticadas há milhares de anos.
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